Eu acho que desenvolver um livro de poesias é um caminho bem… tortuoso. Quando você se propõe a desenvolver um livro de poesias, de imediato você vai desenvolver uma coletânea ou uma antologia poética. Quando eu desenvolvi o poesias noturnas — meu primeiro livro de poesias publicado —, eu passei por um processo muito próprio, a começar pelo fato de que grande parte daquelas poesias foi feita para ser declamada em sarau.
Uma coisa que é importante salientar é que cada obra sente e pede uma coisa diferente, em poesias noturnas, por exemplo, foram diversas poesias que foram compostas com eixos e propostas temáticas muito diferentes. Nesse livro eu separei o livro em partes, e isso foi marvilhoso, porque me fez conseguir publicar todas as poesias que eu queria, sem que eu precisasse engavetar algumas poesias porque “não combinavam com o livro”, e outra coisa que eu sempre fiz, foi a referenciação de música dentro das poesias. Citação indireta em poesia, e até mesmo em música, não precisa dizer qual a obra, mas nesse caso eu gosto de fazer as citações diretas mesmo, então eu além de citar, e destacar onde entrava e saía a música na poesia, eu também deixava quais eram as músicas — vai que o leitor quer ouvir.
Agora você deve estar se perguntando: gato, você fala no título do seu livro novo e fica falando no livro anterior. Então, primeiro que eu estava preparando o terreno, e agora que eu já falei de uma coisa chamada proposta da obra, eu acho que já posso trazer o que é o novo livro…
O meu segundo livro de poesias, Rabiscos e Rascunhos, vem com uma proposta nova: e se eu fizer algo que seja com tudo que eu não finalizei, tal qual um sketchbook? E assim nasceu o novo livro, um livro de poesias desenhadas e que se propõe desde o começo a ser algo feito com muito carinho e muito trabalhado. Todo o livro é escrito inteiramente a mão, então vocês vão ler as minhas poesias, feitas com a minha letra, e ver meus desenhos — que eu não considero os melhores, mas eu fiz com muito carinho.